quarta-feira, 1 de junho de 2016

10 MOTIVOS PARA AMAR “ACONTECEU, VIROU MANCHETE" - CABUÇU 1991


Dona de uma trajetória peculiar, marcada por um período de seguidas homenagens a personalidades, a Cabuçu não fugiu à regra em 1991, quando na segunda divisão do samba. Por isso, selecionamos para você 10 motivos para se apaixonar por essa raridade. Aperta o play e sacoleja! 


(Um salve a Daniel Marques, que postou este vídeo e outras diversas raridades em seu canal no Youtube. Visite: https://www.youtube.com/user/apoteose007). 


1 – ENREDO INUSITADO: A curiosa exaltação ao ucraniano Adolpho Bloch, por si só, merece destaque. Dono do império Manchete de comunicação, que se desintegrou nos anos 90, deixando milhares de desempregados e um passivo trabalhista estratosférico, o empresário não poderia sair dessa vida sem ser louvado pela gloriosa Unidos do Cabuçu.

2 – ABRAM ALAS QUE EU VOU PASSAR: A extinta Manchete interrompeu a transmissão do desfile das escolas de samba de São Paulo – no ano de inauguração do sambódromo do Anhembi – para levar para a todo o Brasil a homenagem ao dono da TV Manchete. 

3 – SAMBA-ENREDO: Em tom menor, o samba é bem peculiar. Tem uma passagem curiosa com aliteração (repetição de fonemas parecidos) em “Shalom, Shalom, Chagal”, em um dos três refrãos. No início do samba, os compositores sintetizam o enredo no trecho “é a Cabuçu que homenageia / O menino de Kiev na Sapucaí”. Além da métrica atropelada, quem ousaria unir Kiev e Sapucaí num mesmo verso?

4 – COMISSÃO DE FRENTE: Em dourado, representou os judeus, numa referência ao musical “Um Violinista no Telhado”, espetáculo da Broadway que virou filme nos anos 70. Uma bela solução para saudar as origens étnicas e religiosas do homenageado.

5 – FANTASIAS: Algumas traziam plaquinhas com nomes em russo. Ninguém entendia o que estava escrito. Mas... sei lá, era romântico. 

6 – ATO FALHO: Aproximadamente aos 18 minutos e 15 segundos, o terceiro carro é creditado como “BOBAGEM e riqueza”. Naturalmente seria ”BAGAGEM e riqueza”. Ato falho do operador de caracteres. 


7 – LISTA DE NOVELAS – Alas em homenagem a Kananga do Japão, Corpo Santo, Pantanal... Um carro só para Ana Raio e Zé Trovão... Tudo isso contribui para a tese de que a Cabuçu já tinha no sangue o DNA do patrocínio, antes desse expediente se alastrar pelas agremiações de forma profissional e sistemática, facilitar a vida dos financeira das agremiações e provocar o desespero dos carnavalescos.

8 – À LUZ DO DIA – A Cabuçu desfilou ao amanhecer. Época em que quem ligava a televisão nas primeiras horas do dia ainda podia assistir ao vivo a escola que estava passando na avenida (e não a reprise da primeira). Bons e saudosos tempos.



9 - FOTOS DE CAPAS DE REVISTAS MANCHETE – Uma das alegorias trouxe singelas reproduções de capas históricas da Revista Manchete, como a da eleição de Juscelino Kubitscheky e a chegada do homem à lua.

10  – EM PESSOA – Adolpho Bloch desfilou. Sim, ele foi à avenida e recebeu os aplausos do público ao lado da esposa, Ana Bentes Bloch. Pelé já foi homenageado um monte de vezes em escolas de samba e não foi a nenhum. Portanto, o placar é Bloch 1 x 0 Pelé. 


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