Na década de 1960, ele foi introduzido
no carnaval pelas mãos dos artistas integrantes da equipe de Fernando Pamplona,
no Salgueiro. De lá pra cá, o vime vez por outra dá o ar da graça,
proporcionando leveza e contornos elegantes às formas criadas pelos
carnavalescos.
Em
honra e glória ao nobre vime, vamos relembrar alguns dos momentos mais
marcantes da utilização desse material na avenida, e como alguns artistas o reinventaram
em fantasias e alegorias.
1 – As burrinhas da comissão de frente do Salgueiro de 1965 são
exemplo de criatividade feita em vime.
2 – Nesta bela foto da Revista O Cruzeiro de 18 de fevereiro
de 1967, o vime compõe o setor dedicado a Zumbi dos Palmares, no enredo “História
da Liberdade no Brasil”, de Fernando Pamplona.
3 – Depois de anos dedicados ao Salgueiro, Arlindo Rodrigues,
já na Mocidade Independente, leva consigo o refinamento nas
burrinhas apresentadas no enredo “A Festa do Divino”, em 1974.
4- No enredo Candaces
(Salgueiro, 2007), Renato Lage deu ao vime todo um tratamento especial para decorar
a alegoria “A Glória Real da Corte Negra”.
5 – A arte em vime de Vitor Negromonte foi evocada no
desfile da Acadêmicos do Cubango de 2013, “Teimosias da Imaginação”, no carnaval assinado por
Severo Luzardo.
6 – Em 2015, Rosa Magalhães criou para a São Clemente um
enredo em homenagem a Fernando Pamplona, trazendo em um setor as inovações no
carnaval carioca que o artista introduziu no Salgueiro.
7 - Em 2016, o vime
foi trabalhado com extremo bom gosto pelo carnavalesco campeão pela Mangueira,
Leandro Vieira, no enredo “Maria Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá”.
Portanto, ao ver uma fantasia de vime na avenida, saiba que
ali está derramada uma série de saberes artesanais que tornam o carnaval mais
belo.
É arte pura!
Mt lindo
ResponderExcluirTrabalho cristivo e historic
Amigo, caso fosse possível, gostaria muito de entrevista-lo. Venho desenvolvendo uma pesquisa acadêmica sobre a arte do carnaval.
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