Uma grande expectativa marcou o período
pré-carnavalesco da Unidos de Vila Isabel de 1967. Sob a direção do
contraventor Miro Garcia, o “Carnaval de Ilusões” da escola do bairro de Noel Rosa
foi uma espécie de abre-alas de uma tendência que anos mais tarde iria dominar
a Avenida pelas mãos e pela mente de Joãosinho Trinta: os enredos imaginários,
calcado nas lembranças da infância.
A fantasia da bateria, por
exemplo, veio integrada à ideia e vestiu-se de Soldadinho de Chumbo, toda
trabalhada em formas geométricas, num belo trabalho visual desenvolvido pelo
figurinista Poty.
Numa período marcado pela predominância de temas
históricos, a Vila veio diferentona e agradou: alcançou o quarto lugar,
cantando o samba de Martinho da Vila e Gemeu, pondo “os seres do seu reino
encantado, desfilando para o povo deslumbrado, num carnaval de ilusões”.
A escola comemorou muito – e com razão – o grande feito de ter adentrado em triunfo no quase impenetrável reino das “quatro grandes”: Mangueira, Salgueiro, Império Serrano e Portela. Aliás, a águia alcançou apenas a sexta colocação, com “Tal Dia é o Batizado”.
Aplausos à Vila, que anos mais tarde iria revisitar os temas infantis, com Max Lopes, com o enredo “Parece que Foi Ontem...”. Mas isso é papo para outro post.
P.S: Agradecimentos especiais ao designer Victor Brito, que deu uma repaginada no visual do Blog. Muito obrigado, nobre salgueirense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário